Em visita a São Petersburgo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, humilhou o Brasil numa declaração precipitada e absurda. O dirigente, conhecido também por colecionar denúncias de corrupção contra si, afirmou que a preparação para a Copa da Rússia, que ocorrerá em 2018, está mais avançada que aquela feita no Brasil. Obviamente, ao fazer tal comentário, Blatter tinha a clara intenção de bajular o povo local. Mas não podia, de jeito algum, ser tão duro com o país precursor do futebol arte.
Contradições
A fragilidade do discurso de Blatter na Rússia esbarra na opinião da própria Fifa, no caso, na pessoa do secretário-geral da federação, Jéromê Valcke. Em visita ao Brasil na última semana, Valcke se mostrou animado com o andamento da Copa de 2014. Ao retornar para a Suiça, após cinco dias no Brasil, Valcke divulgou uma carta no site oficial da Fifa, na qual se diz cheio de boas impressões e satisfeito com o "jeito brasileiro de realizar uma Copa do Mundo". O francês ainda destacou "o comprometimento em organizar a melhor Copa do Mundo de todos os tempos".
Portanto, se há alguma instituição que precisa rever seus conceitos e sua própria estrutura é a Fifa, já que nem mesmo os seus dirigentes parecem se entender.
Birra
É de conhecimento público a implicância de Blatter com o futebol brasileiro. Um exemplo é a resistência da Fifa em relação ao acordo definitivo sobre a Lei Geral da Copa, e a tentativa de impor mudanças em nossa legislação.
Talvez, a declaração do Blatter em São Petersburgo pode ter sido motivada por essa implicância, e teria motivação de menosprezar, desprezar e até sabotar a Copa do povo brasileiro.
Diante de tão flagrante intenção de prejudicar o Brasil, é preciso que toa a nação ponha as barbas de molho, e comece, desde já, a se preocupar em defender nossa soberania, tanto política, quanto futebolística. Recomenda-se cuidado, muito cuidado, por exemplo, com o nível dos árbitros que a fifa escolherá para os jogos da nossa Seleção.
Não custa lembrar que Joseph Blatter, há 30 anos, era um funcionário praticamente insignificante na Fifa, e hoje ostenta uma fortuna sobre a qual pairam muitas suspeitas. Sejam lá quais forem as razões que fazem Blatter tentar denegrir o Brasil, não podemos permitir que interesses aparentemente escusos ameacem a dignidade do nosso povo, que tanta contribuição deu, dá e dará ao futebol mundial.
Fonte:Jornal do Brasil.
