domingo, 23 de outubro de 2011

Brasil é segundo país dos Brics em investimentos estrangeiros, diz ONU.

A China continua captando o maior volume de investimentos estrangeiros destinados aos países emergentes. Foram US$ 61 bilhões nos primeiros seis meses de 2011, quase o dobro do Brasil.

O IED da Rússia foi de US$ 23,4 bilhões nesse período e, o da Índia, US$ 17,8 bilhões. Já a África do Sul está bem atrás, com apenas US$ 2,5 bilhões.

O índice mede os valores investidos em produção, como a construção de fábricas, em fusões e aquisições de empresas e empréstimos entre matrizes e filiais.

Mineração e telefonia

No acumulado deste ano até setembro, as fusões e aquisições realizadas por companhias estrangeiras no Brasil já somam US$ 14 bilhões.

Esse montante já é superior ao total obtido em 2010, de US$ 8,8 bilhões, disse à BBC Brasil Astrit Sulstarova, economista da Unctad. As principais aquisições foram na área de mineração e de telefononia.

O fluxo de IED para o Brasil no primeiro semestre deste ano quase triplicou em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 12 bilhões). Mas a comparação é relativa, já que no segundo semestre de 2010 os investimentos estrangeiros no Brasil totalizaram US$ 36 bilhões.

Como a Unctad leva em conta o semestre anterior para analisar a evolução, no caso do Brasil o IED teve queda de quase 10% entre os seis primeiros meses deste ano e o último semestre de 2010, que contabilizou um grande número de fusões e aquisições importantes.

Mas a tendência do Brasil, ressalta Nicole Moussa, especialista em América Latina da Unctad, é de alta anual constante do fluxo de IED.

"O Brasil deu um salto e está em uma trajetória ascedente. Antes, os aumentos dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil eram pontuais. Nos últimos quatro anos, temos observado que o crescimento anual é contínuo", diz Moussa.

"Isso mostra uma tendência. Há quatro anos, o IED no Brasil estava próximo ao nível do México. Nesse período, o Brasil ultrapassou o México."

Fonte:BBCBrasil