quarta-feira, 8 de junho de 2011

Gleisi Hoffmann assume Casa Civil nesta quarta-feira


Gleisi Hoffmann (PT-PR) vai assumir a Casa Civil em cerimônia marcada para as 16h desta quarta-feira (8). Ao contrário de seu antecessor, Antonio Palocci, a nova ministra vai contar com boa parte dos colegas de trabalho na cerimônia. Até mesmo a presidente Dilma Rousseff fez questão de colocar o compromisso em sua agenda pessoal.

Antes da posse, no entanto, Gleisi fará um pronunciamento na liderança do PT no Senado Federal, às 14h30. Segundo assessores, a nova ministra quer apresentar aos senadores o trabalho que passará a desempenhar na Casa Civil. Ontem, após seu nome ser anunciado para substituir Palocci, ela já havia destacado que Dilma lhe pedira para exercer um perfil mais de gestora do governo.

Mulher do ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, Gleisi foi eleita senadora no ano passado com 29% dos votos paranaenses, mais do que os 24% conseguidos pelo ex-governador do Estado, Roberto Requião (PMDB). Na Casa, ganhou o apelido de musa por sua elegância.

Aos 45 anos e formada em Direito, o primeiro emprego de Gleisi Hoffmann no setor público foi em 1988, como assessora do então vereador do PMDB Jorge Samek, na Câmara Municipal de Curitiba. O mesmo Samek, que viria a ser presidente de Itaipu, foi quem a levou para o PT no ano seguinte.

O interesse pela área de orçamento público fez com que Gleisi se especializasse em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira, tendo passado pela Esaf (Escola Superior de Administração Fazendária) e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Em 1993, desembarcou em Brasília para trabalhar na Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados, onde acabou se tornando a principal assessora do marido. A experiência a credenciou para ocupar o cargo de secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul, na gestão de Zeca do PT, e de secretária de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, com Nedson Micheletti.

Gleisi voltou a Brasília em 2002, desta vez como membro da equipe de transição de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não ganhou um cargo na capital, mas foi nomeada diretora financeira da Itaipu Binacional, onde ficou até 2006.

Agora, Gleisi tem um desafio maior. A nova ministra assume um posto que teve quatro ocupantes em apenas dois anos, sendo que, além de Palocci, também a ex-ministra Erenice Guerra teve de deixar o cargo sob a suspeita de envolvimento em escândalos de corrupção.
Fonte:noticias.r7.com