terça-feira, 11 de maio de 2010

Curiosidades sobre a copa do mundo de futebol em 19 30.



Agora quem dá bola é...
Quando a gente conta que naquele tempo ainda havia clima de amadorismo, de pelada de bairro, não é só maneira de dizer, não. Na finalíssima da Copa do Mundo, por exemplo, argentinos e uruguaios não conseguiam chegar a um consenso sobre qual tipo de bola de futebol utilizar. A solução encontrada pelo árbitro belga Jean Langenus foi salomônica: no primeiro tempo as equipes jogaram com uma fornecida pela federação argentina; no segundo, com outra da federação uruguaia. Coincidência ou não, a Argentina foi para o intervalo vencendo por 2 x 1 e, na segunda parte, levou a virada.

Questão de Estado

O processo de convencer a Romênia a participar da Copa do Mundo chegou até o Rei Carol III, que não só gostou da ideia como tratou de ele próprio convocar o grupo que viajaria ao Uruguai e de negociar com os empregadores dos atletas para que estes não perdessem seus postos de trabalho quando voltassem da missão pátria. Os romenos estrearam com vitória por 3 x 1 sobre o Peru, mas em seguida caíram por 4 x 0 diante do Uruguai e voltaram para Bucareste.

39 mais os acréscimos

Por mais que se tenha vergonha de admitir, a dificuldade de visualizar as horas nos relógios de ponteiro é algo que acomete a cada um de nós de tempos em tempos. Às vezes acontece no pior momento possível, como pôde comprovar Almeida Rego, árbitro de Argentina 1 x 0 França. Acontece que o brasileiro se confundiu e apitou o final da partida seis minutos antes dos 45 regulamentares. Depois de protestos indignados dos franceses, Almeida Rego admitiu o erro e mandou chamar todo mundo de volta – inclusive alguns argentinos que já estavam no chuveiro – para jogar os seis minutinhos finais.

Cheerleaders
Diante da falta de experiência e talento para jogar bola, os bolivianos decidiram encarar o primeiro desafio internacional de sua história com um pouquinho de adulação aos donos da casa. Em sua estreia contra a Iugoslávia, a Bolívia entrou em campo com seus 11 jogadores perfilados, cada um com uma letra estampada na frente da camisa: “V-I-V-A U-R-U-G-U-A-Y”. Apesar do êxtase que, conta-se, foi despertado em todos os 800 presentes à partida, os bolivianos perderam por 4 x 0.

Domingo no clube
A partida entre Peru e Romênia entrou para a história por duas razões pouco dignificantes: o jogo teve a primeira expulsão da história das Copas, do peruano Plácido Galindo aos 9 minutos do segundo tempo, e também o menor público de um jogo de Copa do Mundo até hoje – 300 pessoas.

Primeiro o dever
Copa do Mundo, que nada. O centroavante Manuel Ferreira não quis saber de perder a prova que tinha na faculdade só porque era dia de jogo da seleção argentina contra o México: ele voltou a Buenos Aires e, com isso, abriu lugar no time titular para Guillermo Stábile – que marcou três gols na vitória de 6 x 3 e não perdeu mais a vaga. Quando Ferreira voltou da prova, teve que virar ponta-direita para continuar no time no jogo seguinte.

Nós vamos invadir sua praia

O primeiro grande teste de segurança para a Copa do Mundo não podia ser mais tenso: uma final entre dois rivais separados apenas pelo Rio da Prata. Dez barcos foram devidamente numerados e identificados para fazer a travessia que levaria os torcedores argentinos até Montevidéu para assistir à partida. Só que o controle não funcionou: quem quis, passou pelo rio. De repente foram entre 10 e 15 mil argentinos tentando desembarcar na capital uruguaia aos gritos de “vitória ou morte!”. A imensa maioria nem conseguiu colocar os pés em terra firme antes de o jogo começar.

Fonte:copa2010.ig.com.br