terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Roberto Carlos revela mágoa e ataca Galvão por episódio da Copa de 2006



Lateral-esquerdo do Corinthians credita ao narrador da TV Globo e a outro jornalista sua saída da seleção.

A dois dias de sua estreia como jogador do Corinthians, Roberto Carlos demonstrou não esquecer algumas mágoas da época da seleção brasileira. Durante entrevista coletiva em Itu, onde o time treina, o lateral criticou Galvão Bueno, narrador da TV Globo. Segundo o jogador, Bueno e outro jornalista, que não teve o nome citado, foram os responsáveis por sua saída da seleção brasileira.

"Essas pessoas vão ter o momento de sofrimento. Eles vão precisar de alguém para ajudar a se levantarem. E na época de Copa do Mundo, ele (Galvão Bueno) fez a minha mãe chorar por muito tempo. Essa pessoa não foi profissional. Eu estou sendo profissional até hoje. E sou respeitado no mundo todo até hoje. Eu nunca fui protagonista de nada. Sou apenas um jogador de futebol. Tem gente no meio do futebol que quer ser mais protagonista que os jogadores", afirmou o lateral.

O desabafo veio após um repórter perguntar se Roberto Carlos iria checar o elástico da meia ao receber o uniforme, em referência a um lance da partida contra a França nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2006, quando Henry marcou o gol que eliminou O Brasil do Mundial. No lance, o hoje corintiano aparece nas imagens da televisão ajeitando a meia.

"Ele (Bueno) inventou essa história. Esse negócio de meia é uma bobagem. Um (responsável pela saída do lateral da seleção) é essa pessoa. O outro é um profissional de rádio e TV. Mas é uma questão pessoal e essa pessoa não vai esquecer nunca", completou o jogador.

Questionado várias vezes sobre o lance após a Copa do Mundo, Roberto Carlos sempre frisou que não era sua função marcar Henry ou qualquer outro jogador dentro da área brasileira mas, sim, se posicionar para puxar um possível contra-ataque. Carlos Alberto Parreira, técnico do Brasil no Mundial, endossou a versão do lateral, limitando-se a dizer que Roberto Carlos não tinha um papel pré-determinado em lances como o que ocasionou o gol francês.