segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Escolas de Educação Profissional formaram 19 mil técnicos.

Pelo menos 19 mil técnicos formados e aptos para exercer uma profissão no mercado de trabalho. Esse é o legado parcial das Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs), implantadas pelo Governo do Estado a partir de 2008. O projeto - iniciado com quatro cursos e 25 escolas - agora conta com 97 unidades em funcionamento e 51 opções diferentes de formação. Atualmente, há 9 mil alunos estagiando e 1.400 empresas parceiras nos estágios. O número de jovens que, após formados, conseguiram ingressar no mercado de trabalho e em universidades ainda será levantado. A titular da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), Izolda Cela, informou que está sendo planejada uma avaliação - com apoio do Banco Mundial - para saber qual a situação dos alunos egressos das EEEPs. “Para que possamos ter um retrato mais consistente e fundamentado. E não apenas as nossas avaliações e impressões”, pontua. Tempo integral Nas EEEPs, os professores têm dedicação exclusiva e horários reservados para planejamento. Os alunos permanecem na instituição das 7h às 17 horas e recebem três refeições (almoço e lanches de manhã e de tarde). Larisse Souza, 15 anos, estudante do curso de Eletromecânica da EEEP Jaime Alencar de Oliveira teve resistência ao realizar a matrícula, pois não queria permanecer na instituição durante o dia inteiro. “Mas acabei gostando da escola, gostando do curso. Quero começar as aulas técnicas o mais rápido possível”. Localizada no bairro Luciano Cavalcante, a EEEP Jaime de Alencar Oliveira obedece ao padrão indicado pelo Ministério da Educação (MEC): auditório, biblioteca com acervo técnico, laboratórios bem equipados, refeitório, área esportiva. As lições nos laboratórios ainda não foram iniciadas. Nas primeiras semanas, segundo a diretora Mônica Silva, é necessário reforçar o nível dos alunos nas disciplinas de base comum (Português, Matemática, Biologia, etc). O professor de Física Mateus Carneiro lembra que é preciso incentivar os alunos e corrigir as deficiências, mas é necessário também respeitar a dinâmica de tempo dos adolescentes. “Não quero que ninguém desista do curso. Vocês nem começaram a brincar ainda”, avisa o professor para a turma de jovens, já ávidos pelos botões e fios coloridos do laboratório de Eletromecânica. Desde que começou a estudar na EEEP Paulo VI, localizada no Jardim América, Raiane já tinha um objetivo traçado: conseguir terminar o curso e ter uma carreira na Enfermagem. Agora, ela desdobra o tempo entre a escola, o estudo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o estágio curricular exigido no último ano do curso. “Hoje, somos uma turma unida. Os professores sempre estão presentes e oferecem apoio. Isso ajuda”, comenta a estudante.