quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Boa Viagem completa 148 anos.



História de Boa Viagem CE
 

Final séc. XVIII - Origens

A Família do português Manuel da Rocha Franco sai de Portugal em direção ao Brasil, tentando acabar o amor entre sua filha mais velha Agostinha Sanches de Carvalho e Alferes Antônio Domingues Alvarez. A família se estabelece em Pernambuco, aonde, pouco tempo depois, chega Antônio Domingues, em busca de sua amada.

Por não aceitar o amor entre sua filha e Antônio Domingues, Manuel da Rocha Franco foge mais uma vez deste acaso, partindo de Pernambuco para o Ceará. Estabelecem-se no então povoado de Icó.

Em certo dia, o rapaz descobre o destino da moça e chega a Icó. Domingues entrega à servente de Agostinha, um bilhete pedindo que ela o encontrasse. Assim fez a moça e sua mucama, partindo em um fogoso cavalo para a Vila de Mocha, hoje Aroeiras, no Piauí, onde tinham intenção de casarem-se. Por motivos de falta de documentos necessários para a realização da cerimônia, parte para a vila de Quixeramobim, no Ceará. Ao chegarem à margem de uma lagoa, perto da fazenda Domingos da Costa, pressentiram a presença de pessoas armadas em seus encalços. Eram capangas do pai de Agostinha, que havia ordenado a busca da moça. O cavalo que conduzia o casal morreu na lagoa que, posteriormente, recebera o nome de “Lagoa do Cavalo Morto. Com medo, Agostinha, de joelhos, prometeu que se escapassem com vida, mandaria construir uma capela para Nossa Senhora da Boa Viagem. A perseguição cessou e Antônio Domingues viajou a Pernambuco em busca de documentos necessários para o casamento, deixando Agostinha e sua mucama em uma casinha de numa casinha de construção. A mucama faleceu, atacada por uma onça. Na volta do noivo, os dois casaram-se e depois fizeram as pazes com a família da moça e prosperaram financeiramente.

1743 - Capitão-Mor doa terras ao casal

Em 26 de junho de 1743, foram concedidas a Antonio Domingues, três léguas de terra, pelo Capitão-Mor João de Teyve Barreto e Menezes, até então governador da capitania do Ciará Grande. Domingues passou a ser considerado o fundador de Boa Viagem.

1772 - Construção da 1ª capela

A faixa de terra que possuía o casal, foi doada para a construção da capela em homenagem a Nossa Senhora de Boa Viagem, ficando assim, cumprida a promessa antes feita por Agostinha, durante seus percalços. A partir da construção da capela, o lugar deixou de ser chamado de Lagoa do Cavalo Morto e passou a ser chamado de Boa Viagem.

1864 - De Distrito a Município

Até 21 de novembro de 1864, Boa Viagem era distrito do município de Quixeramobim. A partir daí, conquistou sua emancipação política.

1931 - Boa viagem volta a ser distrito

Em 20/05/1931, acontece a extinção do município e Boa Viagem e o mesmo volta a pertencer a Quixeramobim.

1936 - Boa Viagem reconquista autonomia política

Somente em 28/12/1936, o município reconquista sua autonomia política. E é na data de 20/12/1948, que Boa Viagem é elevada, definitivamente, à categoria de cidade.