segunda-feira, 27 de junho de 2011

FGV: Brasil lidera redução de desigualdades entre Brics


Brasil é o país dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) com os melhores indicadores de redução das desigualdades sociais, de acordo com a pesquisa "Os Emergentes dos Emergentes", divulgada hoje em São Paulo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento apura que no Brasil a evolução dos indicadores das classes sociais têm mostrado desempenho superior ao dos dados macroeconômicos, enquanto nos demais membros dos Brics a relação é a oposta. "A desigualdade está caindo muito mais no Brasil do que em outros emergentes", afirma Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV.
No Brasil, a renda familiar tem crescido em média 1,8 ponto porcentual acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), anualmente entre 2003 e 2010, a melhor relação entre os emergentes. Já na China, a relação é inversa: a renda familiar vem crescendo dois pontos porcentuais abaixo do PIB do período. "Aqui o microssocial está evoluindo melhor do que o macroeconômico", aponta Néri.
Na década de 2000, o Brasil também teve a segunda melhor taxa de crescimento anual da renda domiciliar per capita entre os 20% mais pobres, com alta de 6,3%, atrás apenas da China, que teve 8,5%. Em seguida vem a África do Sul (5,8%) e a Índia (1%).

Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento anual da renda familiar dos 20% mais ricos foi mais intensa nos outros países: China (15,1%), África do Sul (7,6%), Índia (2,8%) e Brasil (1,7%). "O bolo da renda dos mais pobres cresce mais que a dos mais ricos no Brasil", aponta Néri.

Futuro

A pesquisa da FGV também cita dados da pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, em 2009, em 146 países, sobre a perspectiva de satisfação da população com a vida para os cinco anos seguintes (até 2014). Nesse quesito, o Brasil é recordista em felicidade futura, com pontuação de 8,7 numa escala de zero a 10. O segundo no ranking global é a Jamaica, com 8,3 pontos. Já entre os Brics, a África do Sul tem 7,2 pontos (46º), China 6,4 pontos (92º), Rússia 6 pontos (119º) e Índia, 5,7 pontos (128º).
Fonte:epocanegocios.globo.com